É uma malformação do ouvido externo onde encontramos uma protuberância de pele na região mais anterior da orelha.Podem ser constituídos de cartilagem.
Incidência
São relativamente comuns.
Em 20%dos casos são bilaterais.
Pode haver predisposição familiar.
Clínica
A protuberância varia de tamanho e pode ser fixa ou pediculada. Única ou múltipla.
É mais comum à esquerda.
Podem estar vinculadas a surdez ,sendo necessária uma avaliação auditiva e também pode estar relacionado a malformações renais.
Diagnóstico
É clínico, onde observamos uma área de pele protuberante na região anterior a orelha.
Tratamento é cirúrgico ,com exérese local.
Também chamado de sinus pré auricular.
Definição
É uma malformação congênita que apresenta um pequeno orifício anterior a orelha e acima do tragus.
Ocorre por um defeito de fusão entre o 1º e 2º arcos branquiais durante o desenvolvimento do bebê.
Diagnóstico
É clínico.No caso de malformações complexas da orelha externa ou em casos suspeitos,nas deformidades leves da formação da orelha externa,devemos avaliar distúrbios auditivos.
No orifício anterior a orelha pode ,por vezes ,drenar secreção ou formar cisto.É comum acontecer infecção local.
Tratamento
O tratamento é cirúrgico.Pode ocorrer recidiva ,principalmente nos casos de infecção de repetição.
São anomalias de segunda fenda branquial e podemos encontrá-la no 1/3 inferior da borda anterior do músculo esternocleidomastóideo.
Pela fístula sai saliva .Cistos ou seios da 2ª fenda branquial aparecem sob a forma de tumor cístico ,que pode levar a abscesso.
Diagnóstico
Clínico, mas pode haver necessidade de US com biópsia por agulha fina.
Tratamento
Ressecção de todo trajeto fistuloso e com a realização da ligadura bem proximal ,junto a faringe.
É também conhecida como freio de língua curto.
Podem haver repercussões clínicas , como: dificuldade de deglutição em recém nascidos, ou até mesmo distúrbios da fala em uma criança maior.
A avaliação médica é muito importante pois pode encontrar outras causas de dificuldade de amamentação,por exemplo.
Ao exame físico,avaliar se a língua faz um “coração “em sua ponta ,verificar se há ou não dificuldade de expor a língua para fora da boca e a mobilidade lateral da língua.
Tratamento
É cirúrgico (frenotomia lingual),em casos selecionados, em que houver déficit funcional.
Definição
É um encurtamento do músculo esternocleidomastóideo que produz uma inclinação da cabeça na direção ao lado oposto afetado . E rotação do queixo para o lado oposto.
Causa
É desconhecida.
Parece ser devido aos danos às fibras musculares com encurtamento e fibrose das mesmas.Parece também ter relação com a posição viciosa intra uterina.
Incidência
É mais comum em meninas e do lado direito.Pode haver relação coma displasia do desenvolvimento do quadril.
Pode estar presente desde o nascimento ou se desenvolver nas primeiras 6 a 8 semanas de vida.
Clínica
A cabeça fica inclinada para o lado acometido e o mento (queixo)aponta para o ombro oposto,limitando assim os movimentos do pescoço.
Surge como um nódulo indolor no músculo esternocleidomastóideo.Esse nódulo tende a desaparecer antes que o bebê atinja os 6 meses de idade.
Tratamento
Na quase totalidade,é conservador.Através da fisioterapia ocorre melhora em 95% das crianças até 1 ano de idade.
A cirurgia está indicada em casos de não resposta ao tratamento fisioterápico e após 1 ano de idade.A cirurgia consiste em ressecção da área fibrosada do músculo.
Ocorre pelo não fechamento do ducto tireoglosso após a “descida”da glândula tireóide para o pescoço.
Na vida intra uterina a glândula se forma na base da língua e migra pela parte anterior do pescoço onde vai se fixar abaixo do osso hióide.O trajeto de descida ,que chamamos de ducto tireoglosso,tende a desaparecer após o posicionamento da tireoide.
Corresponde a 70% das anomalias congênitas do pescoço.
O não fechamento desse ducto forma um cisto cheio de secreção acumulada e pode infectar e até mesmo formar uma fístula.
Esse cisto é central ,indolor,móvel á deglutição ou quando a criança põe a língua para fora.
Embora seja uma patologia congênita,costuma a ser identificado a partir de 5 anos de idade.
Diagnóstico
É clínico, mas devemos solicitar um US da região cervical que vai avaliar as características da lesão e a presença da tireóide tópica. Podemos também utilizar a cintilografia da tireóide, com isso evitamos que uma eventual tireóide ectópica seja ressecada inadvertidamente.
Tratamento
É sempre cirúrgico e nunca em vigência de infecção local ,que deve ser tratada com antibióticos.
A técnica realizada é a cirurgia de SISTRUNK ,onde realizamos a retirada completa do cisto, seu trajeto fistuloso até a base da língua e a porção central do osso hióide.
Pode ocorrer, embora seja rara, a recidiva do cisto.
O higroma cístico ou linfangioma é uma malformação congênita,benigna é rara do sistema linfático resultando em acúmulo de linfa.
Estarão presentes ao nascimento em 50% dos casos e 70% se manifestam até 2 anos de vida.
Não há predileção por sexo ou etnia.
Em 70% ocorre no triângulo posterior do pescoço à esquerda e 5% mergulham para o tórax.
Normalmente é assintomática.
Quando são grandes demais podem causar compressão da laringe e traqueia.
Podem apresentar quadros de linfangite,que consiste no aumento abrupto da lesão ,dor local,hiperemia e até febre.Ocorrem devido a infecções secundárias,sangramentos ou trauma.
Diagnóstico
É clínico e com exames de imagem ,como US,TC e RNM.Estes exames de imagem irão determinar as características da lesão (lesão cística,multilocular,presença de septos ,áreas sólidas)e extensão da massa.
Tratamento
É utilizada a escleroterapia percutânea com bleomicina.O higroma é puncionado com retirada da linfa e a bleomicina injetada no cisto.Este procedimento irá provocar uma lesão do endotélio que levará a fibrose e resolução.
A esclerose é tratamento para higromas macrocisticos. No caso de higromas microcísticos a ressecção cirúrgica é indicada.
É o tumor vascular,benigno,mais comum da infância.
Decorre de uma atividade anormal das células dos vasos sanguíneos.
A maioria surge ao redor da 2ª semana de vida.
São em sua grande maioria ,lesões únicas.
Mais comum em meninas e podem estar associadas a gemelaridade e prematuridade.
Tendem a aumentar até os dois anos de vida e daí ocorre uma regressão espontânea.
Na grande maioria desaparece até os 10 anos de idade.
Podem ser:superficiais(a maioria dos casos),profundos,mistos e viscerais.
Quanto a sua evolução podem ser :nascente(mancha),proliferativa (6 a 9 meses)onde a lesão cresce,estacionária (até 1 ano de vida),involutiva(de 1 ano até 10 anos de idade )e regredida(quando desaparece e começa a surgir uma mancha esbranquiçada no centro da lesão).
A maioria dos hemangiomas(75%)apresentam menos que 2 cm ,são lesões únicas e localizadas na cabeça e pescoço.
Diagnóstico
É feito pela história e exame físico. Exames de imagem ,como US com Doppler e Angiotomografia podem ser necessários.
Complicações
Ulceração, sangramento e infecção.
Em caso de sangramento deve-se limpar a ferida e colocar gelo local por 5 min.
Os hemangiomas de maior risco de complicações são os volumosos em áreas de atrito,pálpebras,lábios…
Múltiplos hemangiomas cutâneos e grandes hemangiomas faciais podem estar associados a hemangiomas viscerais(fígado)e devem ser investigados com US abdominal.
Hemangiomas de linha média dorsal devem ser avaliados com exames de imagem da coluna vertebral,pela provável associação a malformações espinhais,urogenitais e anorretais.
Tratamento
Expectante:quando são pequenos ,sem alterações estéticas.
Timolol ou Propanolol: drogas de escolha para tratamento após uma minuciosa avaliação cardiológica.Devem ser indicadas a partir dos 2 meses de vida.
Laser:lesões superficiais
Cirurgia: quando não for possível nenhum outro tipo de tratamento.
Os granulomas piogênicos ,são lesões menores, pediculados e sangram por qualquer trauma. Estes devem sempre ser removidos.